segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Argentina avança e continua a julgar seus assassinos na ditadura


Desta vez quem está no banco dos réus é o último general ditador do país, Reynaldo Bignone, e outros oito militares. O crime? Respondem pelo de lesa-humanidade, acusados de prender, torturar e matar 20 combatentes do regime militar, entre os quais sete grávidas sequestradas e assassinadas durante o regime ditatorial, cujos bebês foram distribuídos e adotados por famílias de militares.

Não é a primeira vez que Bignone senta no banco dos réus. Em julgamentos anteriores ele já foi condenado quatro vezes, todas por crimes cometidos durante a última ditadura argentina (1976-1983). Nesta 5ª feira (ontem) Bignone, acompanhado pelos outros réus ex-militares, começou a ser submetido a outro julgamento pelos crimes cometidos na guarnição militar do Campo de Mayo, em Buenos Aires.

Nesse quartel funcionou um dos maiores centros clandestinos de detenção do governo, além de uma espécie de maternidade ilegal por onde passaram várias mulheres sequestradas e, até hoje, desaparecidas.

No mesmo processo também estão sendo acusados e julgados outros oito ex-militares. Além de um ex-oficial de inteligência do Exército Carlos del Señor Garzón e sua muher, María Francisca Morillo, acusados de roubarem e adotarem o bebê Laura Catalina de Sanctis Ovando, cuja identidade real, com o verdadeiro nome de seus pais, foi restituída em 2008.

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